fonte: CREMERJ
No final de outubro, o Grupo de Trabalho Materno Infantil do CREMERJ se reuniu para encaminhar debates importantes na área e organizar os posicionamentos do CREMERJ. Um dos problemas levantados pela conselheira Margareth Portella é o atendimento aos recém-nascidos de zero a 28 dias na rede pública. Segundo ela, é comum que os pediatras em emergência encaminhem os bebês de volta para a maternidade onde nasceram, que também não atendem porque não têm emergência.
“É um contingente neonatal que não tem quem atenda nos serviços públicos e até em alguns privados. Nesse caso, o único critério para não atender está sendo a idade. Não existe lei ou norma para isso, mas temos um consenso de que o pediatra deve atender esses casos”, explicou.
Outras questões debatidas foram a necessidade de curso de reanimação atualizado para assistência em sala de parto e a importância de um pré-natal de qualidade, com diminuição das taxas de cesárias de forma responsável.
Os presentes demonstraram preocupação também com as estatísticas em relação aos atendimentos de pré-natal feitos por médicos. O coordenador do Grupo de Trabalho, conselheiro Raphael Câmara, destacou que apenas 4% das consultas de pré-natal têm sido feitas por obstetras na rede pública. O grupo gostaria, ainda, de estabelecer orientações de rotinas mínimas em cada fase dos processos que envolvem o cuidado materno e infantil.
O grupo levará para discussão, em plenária, a criação de grupo para acompanhar e agir contra projetos de lei contrários à saúde pública e à ginecologia e obstetrícia, defesa de médicos agredidos em maternidades, dentre outras deliberações. A próxima reunião está marcada para o dia 21 de novembro.